Butterfly, what do your conceal behind your wings...?
(Pergunta do Árcade)



 
Tão logo a luz se empina, e a pergunta me cai como uma pedra para dentro do dia. Um talho à carne límpida, uma queimadura à garganta, que lanço com a mão sobre o longo véu dos cabelos.

A mão pensa sob um sol que cresce e se alastra como ervas em solo exilado.
Quer responder a toda voz, como um revólver, mas não é assassina. Quer lapidar a terra palpitante, mas não é dada à vaidade. E fazendo-se por ventura de vagar, paira sob o questionamento a beber os sítios da ambiguidade que lhe são tão próprios.

[ Pensei que a transparência gerasse maior tensão ].
Talvez a inteligência da escrita esteja na crença e persuasão de que a coisa real se encontra subtraída .

 





 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 04/07/2019
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