CRESCER!
Caneta, vida, papel...
Pedaços de vida
se soltam...
Recriam...
Se isolam do mundo
e parte de nossa almas
se perdem no meio desse
mundo,
mundo vazio,
preso em laços
alçados pelo desejo
de viver.
Me sinto fraca
em meio a dores
dores mágicas,
insanas
sem cor.
A tristeza se reúne
em blocos
blocos gelados
tudo muito insano
e fraco.
Fraco pelo instante programado
puro sem flores.
Seus rios não nos
acodem mais;
Suas almas
ainda continuam
esguias, porém falhas
portos inseguros
de amor.
Amor...
Por que amor?
Sentimento tão forte,
tão meu.
Eu que sou
a antena em cima do telhado
sempre pronta para a
freqüência mais próxima.
Você, minha freqüência
meu belo
beleza translúcida
alma vitoriosa
regida pelo som,
pelas notas de um Ré maior
Sintonizados
com o ser perfeito,
perfeito de angústias,
de caule,
que se transformam em frutos
maduros,
podres
prontos para cair
e enfim renascer,
reviver, sonhar,
CRESCER!
Andréa Farias, 25/09/2007