Perda de alguém tão próximo
À medida que vamos tendo notícias da perda de alguém tão próximo parece que a nossa defesa e a nossa compreensão vai se estendendo para o entendimento sobre as ausências. A imagem real passa a visitar nossos pensamentos em diferentes capítulos de nossa vivência durante o convívio com determinadas pessoas que amamos . Parece que o elo esmaecido pelo tempo passado vai se afastando das figuras, como fotos corroídas na cor sépia. E como uma última esperança lançamos mão do ir e vir das memórias que insistem em retornar para ficar. Será isso uma defesa em querer eternizar momentos ? Ou será uma forma de suprir o vazio que vai ficando no vácuo da ausência ? Respostas, inúmeras respostas para nos dar o suporte necessário para não colocar o final da linha imaginária em nossa existência.
A dor da perda no momento exato vai nos dando a celebração necessária para não apagar o amor que se gerou durante a eternidade enquanto vida . Sim , celebrar a eternidade em vida já que esse eterno é limitado pelo tempo. Cada minuto , cada fração de segundo vira magia no fluir da perda iminente.
A vida não é um sopro como dizem . A vida é um respirar profundo, a retomada das forças a cada dia e o sopro maior é quando necessitamos respirar mais fundo e pensar : nós somos a vida , nós podemos continuar e ir cada vez mais longe.