Um Amor tal
Estranho que a Morte não tenha uma história somente sua para ser contada. Ela acompanha a vida, desde sempre. Ela é um mero ponto -- (a)final.
Estranho que não haja uma história da morte. Há, por certo, a Tanatologia, mas esse departamento ainda não diz respeito a que por ora nos interessa versar.
Estranho isso. Mesmo o Necroticismo -- descrição do processo de morte, do início ao fim -- compromete-se apenas a descrever sobre o fenômeno em si, não em traçar uma biografia, uma historiografia.
Estranho que tu te preocupes com um assunto tão indigesto, Homem. Por outro lado, compreendo-te. Escritores -- ops! Desculpe, sim? Não és mero escritor. És AUTOR, com te autodefines -- têm de lidar com esse tipo de assunto. Com textos sobre a Vida e a Morte. E alguns se orgulham disso, como assim o declarou o exímio guitarrista (nos tempo áureos do Megadeth: de 1984 a 1990).
Pois não. Pois que assim seja: orgulhemo-nos do que escrevemos. Pois esse orgulho não pode ser de se estranhar. Ao menos não até hoje. Até agora. Até O Agora...