Nada está definido, definimo-nos vivendo!
Qualquer sentido que a vida venha a ter será sempre uma atribuição do sujeito. Não há sentido na vida que não seja uma construção daquele que vive. O problema é que essa construção, para muitos, ocorre inconscientemente. Não termos a consciência de que, de uma certa forma e dentro dos limites do contexto no qual vivemos, somos autores de nossa própria história pode nos levar à intranquilidade, ao desespero.
Quando essa consciência é tão intensa que suplanta nosso próprio querer não há desespero, há comodidade, conformação, até uma certa “paz'', pois a má-fé convence-nos de que não poderia ser diferente, de que o que não tem remédio remediado está.
O desespero só existe quando há uma discrepância entre o mundo que queremos e o mundo que temos, acompanhado da constatação da impossibilidade de mudar esse mundo.
Diante tudo isso, só temos duas curas para o desespero :
1- A ignorância plena – ela nos dá o conforto de não desejarmos que as coisas sejam outras.
Raul Seixas dizia: É uma pena eu não ser burro, eu não sofreria tanto.
Salomão escreveu: Onde aumenta o conhecimento, ali aumenta a tristeza.
2- A consciência plena de que somos autores de nossa própria história.
Nada está definido, definimo-nos vivendo. Não há uma essência que nos determine e que estejamos amarrados a ela. Somos livres!! E a existência precede a essência. É existindo que o sentido da vida surge, e é tendo essa consciência que nos possibilita ter o engajamento necessário para nos tornamos o fundamento de nós mesmos e assim acreditarmos ser capazes de mudar o mundo.
Maikon Jekson, 17/02/2018
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Na música Tente Outra Vez, o Raul diz :
“Basta ser sincero ( libertar-se da má-fé)
E desejar profundo ( desejar na consciência, não apenas movido pelo querer),
Você será capaz de sacudir o mundo ( você será capaz de ser o Senhor de sua história)
Tente outra vez ( a consciência plena nos impulsiona irresistivelmente à perseverança)''