Como o Universo nos vê?

Ultimamente tenho me perguntado como o Universo nos enxerga. Para ele, somos apenas recém-nascidos, minúsculos e limitados seres que habitam um grão de poeira, assim como disse Carl Sagan, um “pálido ponto azul”. Nossa ganância, nosso egocentrismo, nossa necessidade de nos sentirmos importantes faz com que nossa presença aqui seja de certa forma desagradável para ele. Mesmo assim, nossos avanços superaram todos os nossos defeitos, e se hoje, podemos olhar para cima e entender o que há lá sem utilizar superstição para ter alguma explicação, foi graças aos nossos avanços científicos, o que também o deve deixar com orgulho. Em um curto espaço de tempo chegamos à era da exploração espacial, das descobertas astronômicas e esplêndidas descobertas científicas, de algumas perguntas fundamentais que hoje podem ser respondidas. Se pudéssemos retornar ao passado, muito além da Roma Antiga, além dos Sumérios, chegando às primeiras gerações de Homo Sapiens, seria difícil afirmar que conseguiríamos chegar aqui, mesmo hoje tendo um conhecimento limitado do universo. Estrelas localizadas a milhões e milhões de quilômetros de nós, cometas, meteoros e até mesmo supernovas vistas pelos seres primitivos da Terra como eventos divinos, acontecimentos relacionados ao clima, guerras, pragas etc., seres tão inocentes e ignorantes que diante da imensidão e caos do cosmos, acham-se especiais, privilegiados e os leva a inspirações divinas. E onde eu encontro a reposta do Universo para tal questionamento? Quando olho para o céu e vejo as milhares e milhares de estrelas, cada uma podendo abrigar dois ou três planetas, quando vejo as imagens feitas pelo Hubble, quando me deparo com a seleção natural agindo nos mais diversos habitats, quando vejo epidemias, desastres naturais, limitações físicas e todas as mazelas sofridas pelos seres humanos. Nós estamos para o Universo, não o contrário.