Mito da Caverna
Sábado, 16 de fevereiro de 2019.
Dialogando a "Alegoria da caverna" com a realidade atual, chego à conclusão de que a presença de tantos silogismos tem nos afetado diretamente quanto sociedade. Alcançar o mundo inteligível é um exercício de sensatez e implica que se saia da zona de conforto para enxergar outros diversos pontos de vista diferentes do seu. Sempre me vi como alguém sensível à mutabilidade por observar as pessoas e tentar entender como suas mentes funcionam, mas descobri que para compreender o sistema num todo e me auto aprimorar como ser humano na sociedade, é necessário mais que observar. É necessário agir. Não se pode buscar sair da prisão das doxas sem retirar suas correntes e sem ver além das suas próprias figuras. Refutar o mundo sensível acarreta o rompimento de padrões, como o sufrágio feminino, por muito tempo rejeitado num contexto onde voto era inerente à cidadania. Mulheres foram as ruas reivindicar os seus direitos, compreendendo e quebrando, por fim, a estrutura imposta. O entendimento da estratificação social como sendo injusta, foi essencial, mas não o suficiente para revertê-la. Houve ação. Podemos começar a melhorar o mundo, para os outros e para nós mesmos, entendendo como ele funciona. Longe de paralogismos e mais próximos da verossimilhança. Agindo não pela ignorância, mas buscando alcançar, através da racionalidade, o conhecimento verdadeiro além de nossos próprios achômetros ou ideias.