Quero ser seu cafetão, baby!
Ganhava o suficiente para ter uma vida confortável. Se economizasse, dava até para fazer um pé de meia. Mas não. Torrava tudo nos botecos, em longas noites de esbórnia. Um dia foi para a Europa. Lá, para sobreviver, teve que fazer faxina, lavar latrina, ser garçonete e, nas horas vagas, se prostituía em extra para pagar o aluguel. Um dia veio passear no Brasil. Em Maceió. E me disse na tranquilidade do mar à nossa porta, desfazendo a espuma da cerveja no seu copo:
- A Europa é que é lugar de se ganhar dinheiro.
Olhei para seu belo corpo e lamentei não poder lhe provar que aqui também se podia faturar um extra. É que ela só transava em Euro.