conversa convexa

u

m

dia

dis-

se o

poeta:

navegar é

preciso, porém,

não foi por falta de

aviso. como não havia

navio, cavalguei à ginete

sobre a sobra dum alazão

quarto de milha, empres-

tado do meu velho pa-

trão, um espertalhão

nessa bela coleção-

maravilha. na sua

herdada fazenda

já existia corcel

pra de déu ao

léu. era um

tropel de

mustang,

árabe, an-

daluzia. até o

pônei lhe trazia

o troféu nosso de ca-

da dia. mustafá falava no-

ite e dia de seus cavalos, real-

mente era o seu passatempo. um

dia morreu mustafá e partiu o meu

coração ao partir voando aos céus

de Alá sobre seu árabe alado lá

pelas bandas das arábias on-

de já existisse mil e uma

noite de belas fantasias.

ainda bem que foi com o árabe, quiçá, para formar

novo plantel nos verdes campos, aos pés de Maomé!

será que é? Nesse universo diverso tudo é possível

pela postura da criatura. até morar numa gota de orva-

lho com cavalo ou sem nada para rimar, será que lá tem

mar só pra rimar, ou seria apenas alegria de sofismar es-

as arrelias? aqui troco os laços, pois, arrelia foi um gran-

de palhaço, coração derretendo sob velho peito de aço.

quando a gente tá sem

assunto é nisso que dá!

e o pior, ainda tenho de

assinar esse bazar de ba-

langandãs, de velho divã.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 17/06/2019
Reeditado em 25/06/2019
Código do texto: T6675480
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