É, pois é, escrever de fato é um desafio. Eu, que me joguei a esmo, sem cuidados e sem um molde, nunca me vi buscando uma comparação com ninguém, claro, tenho os autores que admiro, os personagens que são, também para muitos, motivos de idolatria, mas tentei seguir uma linha peciuliar, sem simbolos dos imortais marcando o texto, sem bandeiras e nem adereços, algo simples e simpático com o mundo meu...será que fluiu, bem sei que por vezes, me perdi na sinuosa caminhada e tentei voltar, mas tarde demias,já estava na escrita viciada.

É, então é assim, um pouco do meu mundo passa aqui, nas linhas bem expressivas, nas enviesadas poesias, nas catarses que há tempos lá longe, antes do poema, eu já fazia. Sou a humana quieta e silente, impaciente por vezes, que no escrito tenta dobrar a fresta por onde a alma , no alvoroço da  aspiração, tudo deixa exposto e descortina. Indecorosa, também, talvez, e temerosa sim, ás vezes, sei que na letrinhas o meu ser imprime, tento vagar simultaneamente, por entre mundos diversos, mas eis que vem meus singelos versos, me mostrar a realidade que me circunda, sem cores e nem poemas, grafando ali meu mundo, diferente do que eu quero e espero.

É, o tempo flui, a vida segue , aqui anoitece...e eu vou imersa em pensamentos intimos e um tanto alvissareiros, sem nenhuma pretensão, a não ser, "testar" minha resistência a exageradas e clamorosas insistências de sentimentos velados, que teimam em me visitar, sorrateiramente, querendo ser expressos sem reticências ou entraves. Muitos na escrita buscam uma forma de exposição, outros uma sublimação, há aqueles que tentam uma rendenção, eu, sei lá, apenas tento fazer de mim uma tradução.

É, a escrita anima, decifra, instiga, cativa, convida, intimida...a escrita rima com Vida.
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 15/06/2019
Reeditado em 04/07/2019
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