Em (Des)construção
Na lama de uma trama que eu mesma criei. Teias de uma besta aprendiz. Visto-me de sentimentos - me apego e viro seu alimento.
No entanto, novas escolhas e - autoconhecimento - me tiram desse lugar e reaprendo a respirar...
Não sou mais tão pequena, posso descruzar os braços e dar o próximo passo - E que seja para a saída desse buraco raso de significado, bem longe dessa ilusão - vejo a direção.
Não sou a agressividade, posso deixá-la ir e fazer fluir essa energia do sentir. Desconstruir julgamentos e destrutivos pensamentos - fermento para a escuridão e seus labirintos. Não é esse um caminho sábio - ou são, para qualquer coração, então melhor escolher acolher pra não se encolher.
Não sou o medo, ele existe em mim, mas abraço-o e nos desamarro e assim, chego além. Colho a coragem e deixo o excesso de bagagem que não cabe mais na minha viagem. E sigo para o horizonte, onde há caminho infinito para não cessar o movimento dos pés e dos sonhos.
A insegurança é da criança que me prende na dança da indecisão - sem ação. Fica o coração da menina em uma mulher que parou na infância e treme ao pensar em mudanças. É tempo de deixar essa prisão e de resgatar a força para enxergar as coisas como elas realmente são, é tempo de transformação. Então damos as mãos e agora, inteira, voo.
A essência é amor. As sombras, sob a luz da consciência, não mais obstruem a minha visão. Nem bem, nem mal - chegam ao fim as limitantes crenças em dualidades. Escolho as asas - a liberdade.