NÃO!_______________
Não! O meu senso de pertencimento é um estado avesso. É um estado de adaptação e resiliência mas sem me enraizar subjugada a uma cultura que aliena e doma, sem me configurar em hipocrisias e convenções sociais acumuladas e que conduzem a massa e as nações. Meu espírito é livre! Minha alma é caos!
Não, meus passos não são acúmulos passivos de tradições e nem de costumes e as forças sociais não me amordaçam. Não me moldo conforme a forma do outro, a paz não é a obediência. Não me lancem normas rígidas porque a minha alma migra alimentada pela poesia. Não me construo na conformidade mas na instabilidade. Somos seres únicos e cada passo transmite uma diferente mensagem. portanto, não nasci para reproduzir mensagens e nem acumular imitações. Sou o que sou, uma criatura apatriada e caminho - desordem e desconstrução -.
Não, não venha me soprar a maneira "correta" para se viver. Não! Venha na companhia de improvisar, na complementação de saberes, no canto que deriva mais sílabas através de suas fronteiras.
Não, não quero beber dos goles padronizados e nem da coletividade que cega, e nem "sobreviver" do que determinam... quero o caos até o equilíbrio entre as forças.