Vitrine
Era outono,
Eu caminhava sozinho ,
Solitário dialogando com meus pensamentos ! De repente! Ouvi um som triste , de um violino triste que chorava ao longe , apressei me os passos porquê o estúpido som triste me convencia que era belo.
Chegando mais perto avistei um menino debruçado sobre o vidro de um luxuoso restaurante , o pequeno de pés descalços de trapos sobre seu franzino corpo admirava tudo que acontecia la dentro.
Era como uma vitrine de luxo os olhos do menino estavam fitos a cada movimento e lacrimejaram de emoção.
Pra mim tudo parecia um grande espetáculo duas cenas opostas que se atraem ." O luxo admirado pelo lixo " o cúmulo da ostentação...
A atriz principal adentra o lugar, Linda exuberante no esguio corpo desfilava um vestido caro que combinava perfeitamente com o colar de brilhantes a tinta azul dos olhos eram de primeira longos cabelos dourados que ao
balançar - se exalavam um perfume raro que ela mesmo foi buscar na França.
De repente caminha ao encontro dele um elegante homem de cabelos grisalos com um terno caríssimo e um sorriso barato , ele a beija com paixão e senta a mesa.
Começam a sorrir e o menino continua a chorar.
De estalo aproxima o garçom e lhes apresenta o melhor vinho português na faixa de seus quinze anos.
Logo é servido os pratos eles usam os talheres com tanta destreza como quem pinta um quadro.
Eu olhei o menino e ainda ali estava com estômago que desafinava o som do violino .
Ele olhava tudo lá de dentro não se via nada aqui fora.
O menino percebe que ninguém o vê , abaixa a cabeça respira fundo seca uma lágrima atrevida e segue sua vida em uma estrada fria de outono que lhe custará uma noite inteira de fome dor e frio...
Eu continuei a caminhada.
Pensei : Que estúpidos porque eles não se importaram com o menino?
Eu revoltado de dedos acusadores parei no caminho concluí . eu fui o único estúpido que o viu e não fez nada.
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