Levante da vida
É segunda, eu to com sono, quero dormir
Mas a vida grita lá fora como um forte trovão de verão
E é impossível se render aos fatos que estão ao lado
E levanto mesmo sem forças, mas renovado
Caminho, vou no banheiro, vou na cozinha...
Chego no quarto, beijo meu filho e só volto a noitinha
E assim passou a segunda, que é primeira
Assim recomecou nossa peleja
A vida é esse sacrifício diário pela nossa sobrevivência
As pessoas colocam a vida numa bandeja por dinheiro
Os dias passam e perdemos tanto tempo com essa futilidade
Que era melhor viver na maior simplicidade
Mas um dia eu vou poder passar horas e horas com minha vida
Um dia eu vou ter todo o tempo que eu puder desejar
A vida que drama a morte num espetáculo circense
Irá bravejar aos céus um novo dia, uma nova nascente
E de vida eu me faço e refaço esse caos
E com a vida eu me esquivo também desse mal
E de vida eu me arrumo, me banho e me tomo
E a morte eu derrubo, desfaço, me imponho
Que através de seu olhar eu possa ver tudo de bom
Que através de seu carinho eu possa conhecer o levante da vida
Que através de seus pés eu possa ir um pouco mais distante
E que através de mim você consiga tudo que quiser
A vida é minha e sua e eu te dou se precisar
Você é uma extensão de meu ser com muito prazer
Com você meu mundo se torna menos cruel
E a vida me traz o que eu queria mais... um deslumbrante papel