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Existem feridas que não podem ser cicatrizadas e vez ou outra elas insistem em sangrar e acabam expondo o que há de mais fraco em nós. Eu ainda me questiono sobre o quanto de nós permanece no outro após a despedida. É possível que os sentimentos acabem completamente, ou simplesmente eles se transformam, dando espaço para outras reações? Mas no final, sei que de nada adianta falar quando o outro não está disposto a ouvir. É inútil tentar sentir quando o que se encontra é o completo vazio. Sentimentos não são iguais e quem dera se pudessem acabar ao mesmo tempo. Mas o que fazemos quando o que já morreu no outro continua tão latente dentro de nós? Como cessar a dor de saber que cada um oferece o que tem, o que significa que já não há nada para mim? E no final, como eu gostaria de enfim saber o que somos nós.

Débora Brandão
Enviado por Débora Brandão em 25/05/2019
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