Graças

Restam-lhe os casos que ficam na memória

E o bocado de bem viver que contigo lhe assevera

Como o moinho que não se toca sem o vento

Se faz de nada ao se destacar de sua pena

Logra em êxito, ainda que inconcluso.

Pobre o grande que se vê gigante

E do pequeno não observa seu alguém

Carregam em si traços de desesperança

Nos reflexos de suas desigualdes, se tangenciam:

O coitado que não levanta seus anseios

E o orgulhoso que se exibe, ao ser rico de vintém.

Em seus amontoados, lamentam-se ao lamentados.

Enquanto disputam o doleiro e o desabonado pela desgraça de ser ninguém

Desce o barranco o indolente debochado;

Mostra os dentes sem pedir benção à ninguém

Leva vida ao seu jeito, e faz se vida.

Satisfaz-se com seu jeito de coitado

Glorifica sua existência sem ser luz

Sendo o mísero prefere ser roubado

Que se aproveitar da grandeza de outro alguém.

Claudemir Evangelista
Enviado por Claudemir Evangelista em 24/05/2019
Reeditado em 29/05/2019
Código do texto: T6655866
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