A água e a felicidade
A escrita, para mim, são momentos que, para não "serem perdidos no tempo" decido cristalizar em palavras, como se elas fossem uma espécie de âmbar, que ao envolver esses momentos os podem fazer sobreviver ao tempo.
Ontem, antes de me deitar, surgiram-me mais uns momentos, estes:
Vivíamos a felicidade, não como se ela fosse a água de um rio no degelo da primavera, vivíamos a felicidade como se ela se tratasse de uma fonte no deserto. Gota a gota, de hora em hora, desfrutávamos ao máximo o nosso maior e mais escasso bem, pois como não sabíamos o tempo que ela ainda iria durar, todos as gotas, todos os segundos tinham o preço do tempo quando este se aproxima do fim…