LÚCIFER_________________
 
  Ah, pronunciou copiado pela ira, com a ênfase da soberba:
_ Pois bem, não serei comandado pelo pequeno nem pelo Grande Homem!
     Foi o que aconteceu, dirigiu-se para o seu quarto, divergindo do seu Pai.
     Lúcifer - distinto dos demais irmãos -, que se entregavam cegos à poesia incompreendida do Pai, esbravejava, tomado pelo ciúme e o gênio impulsivo em seus contrastes:
_ Estarei obrigado? Nem pensar! Homens... Almas livres.. é o que veremos! É necessário explicar as razões, meu Pai?
     Encorajado pela ira, não conseguia apagar completamente a lembrança da criatura homem:
_ À nossa imagem, conforme nossa semelhança?  Pois há de perdê-las! Meu Pai, Senhor meu Pai! 
     Lúcifer fez cumprir a sua promessa. Afirmado embora invisível aos olhos do homem. 
_ Provarei que o seu homem é a fonte de todas as mazelas!
     Levantou-se e despediu-se.
     Uma vez habitado, onde o vasto jardim ainda se faz raízes, nas entranhas do mundo, gritava forte, orgulhoso e contestador enquanto prostrado em seu trono, assistido por outros iguais, percebidos do mesmo desgosto: acreditados à classe superior, mais que os homens.
     O desespero o tinha, parecia enlouquecido de amor e de ciúmes à morte de seu Pai que agora, pertencia à classe dos homens... E depois, o que é mais estranho, Lúcifer recebeu a visita de um de seus irmãos, que vindo dos céus o indagou:
_ Quem é você agora?
_ Deus! - Ele respondeu.

 

Escrita ao som de:
Tchaikovsky - Hymn of the Cherubim
 

     
     
     
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 23/05/2019
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