O Fim
Os pensamentos em queda livre se espatifando no chão do concreto; a realidade subjugada pela imaginação fértil de um adolescente a flor da pele.
Desejos saciados e buracos escancarados, tiros dados pela mão do seu amado.
Triste realidade de felicidade escaldante, derretendo os ossos de sonhos lucidos, estou desacordado e corroído em vigília; morto em vida, um sonambulo andando de olhos fechados, dormindo perante uma noite de sábado; ó dia Saturnina, no lado noturno de sua energia. Capricórnio Lua Negra que me ilumina; de coração vazio e estômago farto, defeco sentimentos tóxicos de uma paixão ardente; uma super gigante vermelha tornando-se um buraco negro de repente.
Mentira atrás de mentira, se deterioram, hoje tornaram-se lembranças, logo arrependimentos de escolhas que não posso voltar atrás.
Morte psicológica, astral, meu mundo físico se encontra em um "puta" funeral, de luto, com um terno de metal bruto, pesado continuo carregando cada fardo não sarado; mágoas de um dia sem sol, escuridão vasta diante desta imensidão de pecados.
Socorro!!! Me ajude, Allan; tu esqueceu, mas irei te lembrar com as pessoas que partiram, com cada indivíduo que apertou tua mão e depois lhe destroçou na medida, irei te relembrar sempre que esquecer: " faça para si o que espera do outro". Dei a ti um gole de veneno, para lembrar que dele se faz o antídoto. MORRA! MORRA! MORRA! E reencarne ainda em corpo, esqueça todas as pessoas que te machucaram, afunde-as no fundo de um poço chamado esquecimento. Sem pressa e sem arrependimentos, saiba que o único arrependimento foi confiar em que não devia, foi não se resguardar e dar valor a quem merecia, apenas siga confiante de que amanhã sempre será um novo dia.