À beira do meu abismo
De frente para um abismo estou eu,
Sem desespero, frio, sem medo de pular.
Mas paralisado, sem força para cair,
Empurrado, mas com força maior para ficar.
À beira, me mantenho de pé,
Teimoso, me recuso a me jogar.
Não, este não é meu fim.
Talvez não, ainda.
Estou me preparando para lutar,
Preciso de um motivo,
De uma faísca,
A qualquer momento vou me virar.
Enfrentarei-me, o desconhecido.
Sou eu, eu mesmo, a barreira
Entre minha origem
E meu destino.