Pensamento de um tresloucado chamado Leandro... ou Voz de um sonho real
A espera ilusória por alguém faz meu ser desabar e até pedir doses de engano, inútil mentira, mas necessito de ao menos uma gotícula desse mar amargo... Sim, procuro uma mentira, porém não qualquer uma senão a da minha querida dizendo que sou dela e que ela é minha. Que desgraçado, sou o culpado... Não, a culpa não foi minha, fui cúmplice como foi tudo... eu jamais serei o que fui com meu amor... Onde está minha querida? Só quero afogar-me no amor que sente por mim, só quero uma gota entre tantas mortas. Eu chamarei "a grande borboleta verde do fundo do mar / que só nasce de mil em mil anos". Por favor irreal, não acorde. Sonho, juntos sonhamos sem perceber todo o sentimento observando-nos, mas amamos vedados, ah não! Dila! Ei... ei, Dila! não deixe essas sombras, não me fuzile com verdades... não me torture com sorrisos oxidados e carinhos forçados, não diga a verdade para eu ficar sozinho mais uma vez, sumirei... Que adiantou eu ter nascido idealista? Pago o pesar, altos juros, impostos malditos e estou acometido por uma doença maligna - solidão - tu não vês? Ei, para onde foi? Agora podes sumir? Agora! Agora? Fui fiel, sincero, servo, ganhei impaciência... pensei ter curado teu orgulho maldito o teu egoísmo sombrio, ingrata, impiedosa. Só Deus, meu Deus sabe o que estou passando, estou no vale anuido aos amantes verdadeiros e desprezados.