Leve seu animal para comer.: Lugar-comum 1.a
Do medo onde está? Isto é, se o lugar-comum dos medos e terrores é diferente em alguns lugares físicos (cidades, estados, países, favelas), onde se cruzam o lugar dos pensamentos, da razão, dos sentimentos? Afinal devemos assinalar que muitos lugares-comuns físicos despertam pavores distintos e nesse sentido, as vozes próximas primeiramente também são próximas às probabilidades dos relatos?
Mas por outro lado, quando as opiniões dos lugares distintos cessarão, ou ao menos respeitarão as opiniões de lugares das quais nem habitam fisicamente? Isto é, pode alguém dos grandes centros expressarem completamente o sentimento do campo? Ou quem sabe cabe aos moradores dos bairros nobres expressarem completamente o sentimento do pavor nas favelas? Será que alguém reconheceria um ideal na polícia por exemplo sem entender as dores dos outros? Digo até grupos étnicos, éticos, dentre outros?
Quem defenderá o povo cuja a voz que ecoa em geral não vive a dor? Políticos e a mídia, condomínios e condôminos, juntos aos colegas de trabalho que indicam? Serão as opiniões de quem não participa e por consequência não vive as dores e emoções dos lugares físicos? Serão os nobres que não vivem o medo da favela que acertarão? Ou serão aqueles que secularmente teimam em dar uma única voz de comando à todos os seres? - Ação! Dizem eles... Exterminem.
Uma terceira via poderia ser a do respeito àqueles que vivem certas realidades, no entanto, esse sonho que a retórica dos interesses possa dar lugar a retórica dos viventes de certo lugar é um positivismo social que pouco aparece na eternidade da humanidade.
Se isso ocorre, que tal pensarmos na retórica do rebanho, afinal, o banho só é garantido para quem chega ao córrego e leva seus animais para comer.