O processo da dor
Se tem uma dor que incomoda é a dor pulsante
Que não se transforma em lágrima e não se deixa cair
É a dor pulsante que não se dissolve
Mas pulsa o tempo todo para lembrar que está ali
E se torna tão presente como uma melancólica companhia
E de forma tão presente que parece fazer parte da gente
Assim a dor visceralmente nos marca
Nomeando sentenças como tatuagens sob a pele
E nos machuca tanto, nos fere
Até sucumbirmos se nos rendermos à estas
Ou enfrentamos e as resistimos
E nos tornamos mais forte do que elas
E as vencemos e as ultrapassamos
Até que não nos dominam, nem doem mais
Sem percebermos já estamos vivendo
Ficamos mais fortes de novo
Mais sábios e mais nobres
E envoltos de paz.
08/05/2019