A FÉ É SUFICIENTE?
Alguns entendem que a chamada fé é suficiente para colocá-los em uma situação confortável diante de Deus. Mas, em Efésios 2;4 a 9 observa-se que é necessário haver uma real compatibilidade entre a fé e as obras, enquanto não ocorrer a concessão da Graça, ficando evidente que a própria fé, no seu sentido pleno, também é dom de Deus.
Os ateus têm fé que Deus não existe. Os agnósticos têm fé que Deus até pode existir, mas exigem uma prova incontestável da sua existência. Os políticos têm fé que os eleitores não perceberão as suas falcatruas. Os criminosos contumazes têm fé que não serão descobertos pela polícia. Os católicos têm fé na “nossa senhora” e nos “santos” consagrados pela instituição. Os protestantes têm fé na literalidade da Bíblia. Os falsos “pastores” e demais escribas da atualidade, têm fé que as “ovelhas” não perceberão que estão sendo enganadas. As “ovelhas” têm fé que todos os seus “pastores” estão credenciados nos termos de Hebreus 5;4. Todos os indivíduos têm fé em alguém, em alguma coisa, em algum ídolo, ou em algo que não sabemos. Como se percebe, pelas conveniências expostas pela maioria, todos estão supostamente redimidos pela fé, e todos são suficientes com base naquilo em que acreditam. É evidente que isso não corresponde à verdade, o que é perceptível com facilidade.
Com efeito, a fé é uma necessidade quando não se sabe, mas torna-se desnecessária, quando o conhecimento a ela correspondente é adquirido,
e no âmbito espiritual, o conhecimento é adquirido exclusivamente pela Graça. Quando isso ocorre, concretiza-se a inclusão em I João 2;27.
A estrada é longa, para que a fé se torne desnecessária, e enquanto ela não vem pela Graça, vamos mantê-la na casca e praticar as boas obras que lhe são correspondentes, até que venha a fé por concessão Divina, a fé concreta e irrevogável, baseada no conhecimento de Deus, onde essa fé permanecerá incorporada.