Para além das sombras...
O breu cobre vales e montes,
Inundam de escuridão todas as fontes,
Jorram lodo e lama por todo lado...
Os portos não aportam e,
As comportas estão rompidas...
Haverá saída?
Sim, haverá!
Fechem-se todas as cortinas,
Cerrem-se todas as persianas,
Protejam-se! Que não se evadam as luzes!
Permaneça a chama, brilhe a luz interior,
E aqueçam-se os corações...
Para que a seiva interna hidrate os sonhos e alimente a esperança,
Assim, não arrefecem os brotos,
Tampouco morre a poesia e os frutos de um novo dia!