QUANDO A BATERIA ACABA
Olhando pela janela do meu quarto, refleti que já faz um bom tempo que não ouvia o cantarolar dos pássaros, o bailar das folhas e o aquecer da luz do sol pela manhã. E interessante sentir os minutos passando desta maneira,emana a sensação de vida.
E eu até tive tempo para pensar sobre isso porque a bateria do meu aparelho celular estava descarregada. Pois, sempre que acordo a primeira coisa que me vem a cabeça e o meu aparelho celular.
Diante disto, percebemos que as redes sociais tornaram-se um ente familiar, uma identidade particular. E isso sem contar com a pressão que sofremos para estarmos antenados as notícias em tempo real. Quando o aparelho fica sem acesso a internet é semelhante à um corpo sem alma que vagueia desnorteado. Chegamos ao ponto de fazermos o impossível para conseguir estar conectados.
E perdemos as contas de quantas vezes olhamos para o relógio e cobramos uma porção de coisas para fazer, ou simplesmente esquecemos de tudo e ficamos paralisados na frente de um aparelho celular.
Sim essa tecnologia é necessária. Eu, sei! Pois é capaz de nos aproximar de quem está longe, ou nos transportar para outra dimensão. Temos inúmeras possibilidades de construir amizades sem limites e em todas as esferas de tempo e espaço.
E muito poder né?! Ter essa sensação de controlar o tempo. Mas, quando a bateria do aparelho acaba, percebemos que estamos sem chão, sem noção de localização e temos que voltar para realidade e olhar para nossa cara no espelho e sem filtro.
Daí, podemos perceber que distanciamos do mundo real.
Eh, meus caros! Precisamos romper um pouco com essa bolha digital e olhar mais pelas janelas! Sejam de casa, do carro, do ônibus, do metrô. Apenas olhem para as janelas. E deixem a bateria do seu aparelho descarregar totalmente por um pouquinho de tempo. Se permita à ter tempo de olhar a vida, para pessoas e quem sabe, beijá-las sorrindo.