AGRAVANTE VIL...
O que a língua fala
O vento tal espalha
Pelo tempo eternal
Fazendo eco ensurdecedor
Céu afora e inferno adentro...
Depende-se do que se fala,
Para que se ecoe no céu, apenas,
Ou no inferno, como paga de penas,
Penas em peso de pecados,
Solos e coletivos contra Deus...
Por esse vil agravante, cuidado,
Pois seu efeito colateral será
De uso em juízo final a quem
Ouse dizer por aí aos ventos
Toda palavra, má ou boa,
Porque o céu e o inferno se abalam
No dizer de palavrinhas e palavrões...
Se pense bem antes de se falar,
Porque depois de se ter falado
Será pois tarde e não haverá de
Se consertar ou se apagar tal feito...