O amor
Quando eu encontrei o amor pela primeira vez, eu não entendia aquela queimação insaciável que abrangia o peito todo, fazia meu corpo inteiro arder, mas de um jeito bom, de um jeito que é prazeroso de se sentir.
Quando eu encontrei o amor pela segunda vez, tudo já doía e ardia feito picada de um inseto venenoso qualquer, mas o amor me reconstruiu e me mostrou que dava para ser feliz de novo com as borboletas fazendo morada no meu estômago frágil e quase inóspito.
Quando eu conheci o amor pela terceira vez, eu já não queria conhecer o amor vez nenhuma, não tinha espaço para que eu pudesse sentir algo bom porque tudo o que era bom, uma hora viraria dor. Mas o amor me ensinou o significado de resiliência antes mesmo de eu conhecer a existência dessa palavra. Eu estava pronta outra vez.
Eu conheci o amor algumas vezes e por muitas vezes acabaram dilacerando tudo o que havia de puro e de mais bonito aqui dentro que pudesse ser destinado a alguém disposto a trocar amor comigo. Mas esse alguém estava tão distante que em algum momento, eu cheguei a acreditar que o amor fosse pra qualquer pessoa desse mundo, menos para mim, que eu não era digna de recebê-lo e que ele pudesse ficar sem estar acompanhado de dores e mágoas.
Você apareceu pra me tirar a razão, você chegou e aos poucos eu fui entendendo o que as poesias de amor realmente queriam dizer, fui realocando os meus espaços internos sem medo para te caber toda, fui mapeando cada movimento seu que me fizesse mais sua, fui dando sentido a toda e qualquer vez em que o meu coração gritava seu nome.
Amar você tem sido memorável, tem sido um tapa de realidade na cara todos os dias para me mostrar que o amor é lindo e imenso e que nunca dói.
Você me fez enxergar um significado de amor que não consta nos dicionários, que é só nosso e que ninguém ousaria saber.
E das mais clichês, te deixo a seguinte frase: você faz eu me sentir única, porque tudo aqui é tão único que só faz sentido se é pra você. Eu te amo infinito.