Eu não sou quem eu achei que era
Dia desses encontrei comigo
Uma estranha
Tão somente, estranha e desconhecida
Surpresa, me dei conta de que eu não era nada do que achei que fosse
E só então me atinei: vivi uma vida acreditando ser alguém
E agora, de fronte essa desconhecida
Diante do desconforto que ela provoca
Me reconheço
Me percebo
Me acolho
Me liberto
Faço o caminho de volta
E só então vou re-descobrindo quem sou
Dando espaço, permeando
Pergunto-a: Quando nos perdemos?
Nenhuma de nós tem a resposta
Mas nos acolhemos
E seguimos,
Nessa estranha, louca, divertida e por vezes desconfortável descoberta.