JÁ QUE________________________
(semana santa)
E sigo, em meu sagrado feminino, em minha natureza fêmea, em harmonia com o que é o divino em mim, sem o caminho da pressão ideológica, sem a perda da minha essência e nem um arquétipo feminino distorcido ou até mesmo imposto, sigo o que sou por opção. Não me visto daquilo que não me serve e que é apontado pela marcha dos modismos... Floresço fera, fragilidade, intuição, acolhimento, espinho, abismo, degrau, ladeira, ponte, dedicação, razão e coração, cuidado, entrega, teimosa, manhosa, encrenqueira, bandeira branca hasteada, campo minado, chegada, ida, desejo, intuição, comunhão, companheirismo, força, às vezes súdita ou rainha, pacifista ou guerreira, cíclica, tombo, movimento, raiz, pétala ao vento, firme em minha jornada e menina em meus dias de colo, percepção e em pertencimento de mim, mulher!
E sigo sem a busca de tesouros trazidos, mas na comunhão com o que encontro em meu coração, no mais é coisa material, é superfície (moedas são ótimas mas não são o ingrediente principal para se alimentar qualquer que seja a relação, não as que duram por muito e muito tempo, com o tempo e experiência nota-se isso: amor é cumplicidade, na ostentação ou na dureza, mas a dureza mesmo é o divisor de águas, nela é que irão saltar os encontros ou desencontros). O que realiza não está necessariamente no banquete mas no esforço e na colheita a dois (e nisso, até o simples café com pão em uma mesa modesta, se for o caso, já será o suficiente , pois o verdadeiro banquete se torna aquele quando diante de uma alma par). Amor é engrenagem que precisa de tempo.
E sigo - em comunhão com a minha essência - no momento em que acordo, no momento em que me deito: feminina, nessa minha conexão com a lua, com a natureza, com o oposto da minha natureza, no entendimento de minhas passagens, no café que faço, na casa que arrumo, na música que canto, no almoço que preparo, na janta, sigo mulher na e fora da cama, na roupa que passo e penduro, na poesia que faço, nas flores que rego, na organização e na bagunça. nas flores que coloco sobre à mesa, no perfume que passo, no banho, no trabalho dentro e fora de casa, no incenso e nas velas, em meus dias de cansaço, de choro e risadas... estou na delicadeza e dedicação do que preparo e na porta batita em dias de birra... Sigo, instrutora dos meus caminhos e conectada com o cosmos... Eu gosto de ser quem sou, com todas as minhas inseguranças e forças femininas e quando semeio estrelas em meus olhos. Gosto de me sentir horizonte e planície, o cabelo longo, longo, longo em meus dias de trança e "um lindo ninho" (como diz meu amigo Miguel) em dias de coque, nos cabelos molhados após o banho e pingando pelo corpo e chão. E até traduzida quando caminho pela casa com cabelo desgrenhado, tudo bem, eu convivo bem com as minhas fases (nem todas fáceis, mas são as minhas batalhas silenciosas).
Dito isso, já que estamos na semana santa, ahhhh, transito, não tenho religião mas religiosidade e agora ao som de Ave Maria, com Helene Fischer (a versão mais bonita que ouvi até hoje). Gosto sim de músicas sacras (também), adoro o dito nas missas e sou uma apaixonada pelas imagens de santos e suas trajetórias na história de cada um (ou sua simbologia, que seja), na arquitetura trabalhada nas igrejas... Enfim, a vida tem sido o meu altar, a minha lida, a minha via sacra e limbo... E sigo - às vezes metade e às vezes inteira -, ao longo dos passos que posso, que realizo e dos que sonho... Sou assim e _atualmente - , é tudo o que ainda sei ser...
E sigo sem a busca de tesouros trazidos, mas na comunhão com o que encontro em meu coração, no mais é coisa material, é superfície (moedas são ótimas mas não são o ingrediente principal para se alimentar qualquer que seja a relação, não as que duram por muito e muito tempo, com o tempo e experiência nota-se isso: amor é cumplicidade, na ostentação ou na dureza, mas a dureza mesmo é o divisor de águas, nela é que irão saltar os encontros ou desencontros). O que realiza não está necessariamente no banquete mas no esforço e na colheita a dois (e nisso, até o simples café com pão em uma mesa modesta, se for o caso, já será o suficiente , pois o verdadeiro banquete se torna aquele quando diante de uma alma par). Amor é engrenagem que precisa de tempo.
E sigo - em comunhão com a minha essência - no momento em que acordo, no momento em que me deito: feminina, nessa minha conexão com a lua, com a natureza, com o oposto da minha natureza, no entendimento de minhas passagens, no café que faço, na casa que arrumo, na música que canto, no almoço que preparo, na janta, sigo mulher na e fora da cama, na roupa que passo e penduro, na poesia que faço, nas flores que rego, na organização e na bagunça. nas flores que coloco sobre à mesa, no perfume que passo, no banho, no trabalho dentro e fora de casa, no incenso e nas velas, em meus dias de cansaço, de choro e risadas... estou na delicadeza e dedicação do que preparo e na porta batita em dias de birra... Sigo, instrutora dos meus caminhos e conectada com o cosmos... Eu gosto de ser quem sou, com todas as minhas inseguranças e forças femininas e quando semeio estrelas em meus olhos. Gosto de me sentir horizonte e planície, o cabelo longo, longo, longo em meus dias de trança e "um lindo ninho" (como diz meu amigo Miguel) em dias de coque, nos cabelos molhados após o banho e pingando pelo corpo e chão. E até traduzida quando caminho pela casa com cabelo desgrenhado, tudo bem, eu convivo bem com as minhas fases (nem todas fáceis, mas são as minhas batalhas silenciosas).
Dito isso, já que estamos na semana santa, ahhhh, transito, não tenho religião mas religiosidade e agora ao som de Ave Maria, com Helene Fischer (a versão mais bonita que ouvi até hoje). Gosto sim de músicas sacras (também), adoro o dito nas missas e sou uma apaixonada pelas imagens de santos e suas trajetórias na história de cada um (ou sua simbologia, que seja), na arquitetura trabalhada nas igrejas... Enfim, a vida tem sido o meu altar, a minha lida, a minha via sacra e limbo... E sigo - às vezes metade e às vezes inteira -, ao longo dos passos que posso, que realizo e dos que sonho... Sou assim e _atualmente - , é tudo o que ainda sei ser...