O Senhor da Guerra não gosta de crianças
Os bombardeios recentes na Síria, assim como em qualquer outro conflito, seja militar ou guerra civil, só reafirmam o que Renato Russo citava em uma de suas canções, a "Canção do Senhor da Guerra". Na música, o poeta cita que é muito comum a participação de crianças nos conflitos, seja com armas na mão, matando outras crianças, seja morrendo. Em outras frases, também é mencionado que a guerra está lado a lado com o avanço tecnológico, sendo ela Guerra Santa, quente, morna ou Fria.
Porém, a guerra afeta a exportação de alimentos. Mas pra que exportar comida, se as armas dão mais lucros na exportação? (aí entra outro senhor, o senhor das armas, parceiro inseparável do Senhor da Guerra). Para o senhor da Guerra, se queres paz, te prepara para a guerra; se não queres nada, descanse em paz. Assim, na guerra há sempre uma história infeliz, esperando um ator e uma atriz. Não se deve ter medo de perder a guerra, pois no fim da guerra todos perdem. Afinal, as nações unidas estão sempre prontas para a desunião.
Estamos fardados a vermos homens com suas fardas bonitas destruindo histórias de vida, através da história. História essa, às vezes mal contada, mas repetitiva.
Nesse fantástico jogo de explosões, a mesma mão que afaga, é a mesma que te afoga, ou seja, o mesmo que vende armas, pode ser o que supostamente te salva. Não há espaço para heróis, só pro terror, pois nesse filme há sempre candidato para pior ator.
Mas...e as crianças? Bom, já viram esse filme, sabem como acaba, explodem quase tudo, não sobra quase nada. Afinal, o Senhor da Guerra não gosta de crianças.
*Texto inspirado nas seguintes músicas: "A canção do Senhor da guerra", "Filmes de guerra, canções de amor" e "A cidade em chamas".