AOS MEUS ABISMOS_____________
 
Quando à beira de mim, quando abro os meus abismos, quando dialogo com os meus porões vem o toque em meu ombro - são as minhas cicatrizes...

Quando à beira de mim, dos meus noturnos degraus, na boca em que vive a minha poesia, ah! Eu deixo fluir cada criatura, como um anjo embriagado em contato com as minhas veias. São como chacais.

Quando à beira de mim, um amplo céu sem estrelas... eis-me alma fragmentada, a face pálida e para sempre sonhadora - de asas quebradas -, pequena ainda aos pés do mundo. Mas quando é o céu que volve para mim os seus olhos, vem feito quebrantamento que vibra e me desmancha.

Quando à beira de mim, a idade madura  e alma menina... e os meus olhos, atrolábios cansados e doloridos por tentarem alcançar as estrelas quando o céu inteiro fala de ti...


 
Escrita ao som de:
Gregorian Rock

 
 
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 16/04/2019
Reeditado em 16/04/2019
Código do texto: T6625090
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