AH, QUANDO ELE ME SORRI!______
Ah, quando ele me sorri, o Tempo!
Tempo como deus espelho do mundo, os passos em sono, o sorriso paciente. Vem feito ave de rapina, às vezes anjo. Ah, quando dialoga comigo, feito hoje, e sonha nascido em meus quintais com sopros fecundos quando cismo desertos...
Ah, a rir-se de mim enquanto me ensina, arquiteto dos meus dias!
Marinheiro do mundo, o Tempo! Os pés postos pra cima na rede e me chama:
_ Laura, Laura... O que enxerga enfim? - e eu respondo: nada! E quando digo nada, é nada mesmo! Então ele me sorri e me estende a mão árida enquanto carrego nos olhos o esboço de nuvens.
O Tempo, ainda: _ Vamos, Laura, desemprenhe essa poesia! - Me provoca! _ Vá, Laura, antes que a vida te encha de desenganos!
O Tempo, com os seus dentes já roídos mastiga o vento, as flores, a poeira e tudo o que a vida parteja. E ele canta para o mundo a sua embriaguez... ah, e o som é algo que me tranquiliza, ah, Tempo, Tempo... tão semelhante a Deus! E quando digo isso ele gargalha. _ Laura! Deus? Logo você me dizendo isso? - E continua _ Veja, Laura, o céu está nublando, que desumana cor, venha curtir comigo essas últimas estrelas!
Ah, Tempo... Tempo, Tempo... E vou!
Tempo como deus espelho do mundo, os passos em sono, o sorriso paciente. Vem feito ave de rapina, às vezes anjo. Ah, quando dialoga comigo, feito hoje, e sonha nascido em meus quintais com sopros fecundos quando cismo desertos...
Ah, a rir-se de mim enquanto me ensina, arquiteto dos meus dias!
Marinheiro do mundo, o Tempo! Os pés postos pra cima na rede e me chama:
_ Laura, Laura... O que enxerga enfim? - e eu respondo: nada! E quando digo nada, é nada mesmo! Então ele me sorri e me estende a mão árida enquanto carrego nos olhos o esboço de nuvens.
O Tempo, ainda: _ Vamos, Laura, desemprenhe essa poesia! - Me provoca! _ Vá, Laura, antes que a vida te encha de desenganos!
O Tempo, com os seus dentes já roídos mastiga o vento, as flores, a poeira e tudo o que a vida parteja. E ele canta para o mundo a sua embriaguez... ah, e o som é algo que me tranquiliza, ah, Tempo, Tempo... tão semelhante a Deus! E quando digo isso ele gargalha. _ Laura! Deus? Logo você me dizendo isso? - E continua _ Veja, Laura, o céu está nublando, que desumana cor, venha curtir comigo essas últimas estrelas!
Ah, Tempo... Tempo, Tempo... E vou!