Aurora
Na busca por abrigos, na busca pela escuridão
No escuro ouço melhor meu próprio silêncio
Música aos meus ouvidos
Até que um grito a estorva
A canção nunca termina
Se você vier, ainda estou no mesmo lugar
Como nos proteger das probabilidades?
Das chances de erros?
Parece que as ciências exatas não são tão exatas assim.
Chuva de granizo para quem tem teto de vidro
Tudo se divide
No lugar onde as paralelas se cruzam
Alívio?
Não! Aceitação!
Não vou sucumbir a ilusão da certeza
Não vou viver eternamente no anseio pelo poente
Acho que preciso começar a ver a beleza na aurora
E nos vários caminhos que ela nos oferece todos os dias
Displicentemente perdi minha vertente
Mas ei de encontrar a rosa dos ventos
Para que independentemente de onde vá
O amor permaneça
Para me levar de volta à minha estrela guia
Que é você