Problemas: Se não vejo, não acredito
"Você não tem problemas, você tem dois braços e duas pernas", disse um alguém próximo depois de ter visto na TV uma matéria motivacional de um homem sem braços e sem pernas, o que é de fato legal e muito inspirador. Contudo, ao dizer isso, a pessoa pouco informada falha e coopera em relação as doenças mentais, psicológicas e emocionais ainda serem tratadas com enorme preconceito (exclusivamente na própria na TV), mesmo sendo tão degradantes e incapacitantes quanto. Existem pessoas que gostam de medir dores e problemas do tipo: "Nem sei porque você é assim, meus problemas são muito maiores que o seu". No entanto, o que acontece é que cada um tem em si seu problema e sua limitação, onde ali para a pessoa em questão é seu caos particular, e é totalmente compreensível que a dor daquele momento acaba sendo a maior do mundo para ela. Mas jamais podemos taxar como besteira a dor e insuficiência do outro (por mais boba que possa parecer), tendo em vista que da mesma forma que você pode estar no fundo do poço com um problemão aparentemente sem solução, para o outro pode ser uma tremenda frescura. Respeitar as dores e limitações do outro também é empatia. Dores e problemas da alma podem ser tão prejudiciais quanto dores e problemas externos, embora o externo realmente pareça ser bem pior uma vez que está explícito a olho nu e sentimos de imediato o quão sofrível deve ser se encontrar em tal condição. Mas jamais subestime a dor do seu próximo, problemas são problemas, sejam eles internos ou externos. Não seja a pessoa do tipo: "Se não vejo, não acredito", mesmo porque você também não vê o vento mas nem por isso não deixa de senti-lo, e sentir é uma maneira de enxergar. Não espere um fato acontecer para você poder ver, as vezes pode ser tarde demais. Por mais atenção para os problemas da alma. Ajude não julgue, e viva la vida.