Ninho da Servente (DESABAFO)
Não sabemos o que se passa na cabeça daquela pessoa (colega de classe, de trabalho etc.) que permanece ensimesmada, quieta, calada, séria. Alheios aos sentimentos dessa pessoa, nos apresentamos na situação de juízes. "Louco", "arrogante", "chato", são alguns elogios típicos de um rol do Departamento dos Apontamentos de Dedos, Hall dos Carimbadores Malucos de Plantão, Fiscais do Comportamento Alheio. É uma pena que haja pessoas tão despreparadas assim no o trato com o próximo. Elas podem até cumprir muito bem com suas funções, com suas atribuições legais, desempenhando com maestria o seu papel. Todavia, é com Seres Humanos que convivemos no dia a dia. Não com máquinas que se portam como a gente gostaria de tê-las programado.
Esse texto é um desabafo meu. (Tá na cara, né?)
Eu prefiro ouvir críticas dos que querem, a todo e qualquer custo estar sempre com a razão, a ter que ser eu o juiz e o apontador de dedos. Isso é chato. É triste. Prejudica as relações interpessoais. Não se trata de a gente ser mimadinho, filhinho da mamãe que põe a comida no pratinho, nada disso. Se trata, com efeito, de querer saber se o outro tem problemas que são em parte oriundos de algo que eu disse ou fiz e o prejudicou de algum forma. Ou então se tendo ele problemas ou dificuldades, o quanto posso eu ajudá-lo nisso.
Não posso estar com a razão sempre. Sou humano -- P*E*R*C*E*B*E?
A gente não quer ser penteado (pela mamãe)
A gente não quer ser pente, escova, espelho --
A gente quer silêncio onde não puder haver respeito --
Ou então que a gente possa, em breve, se ver fora dos grupelhos...
Registre-se, pois, para os devidos inícios. Dos fins, descaminhos e precipícios.
Sei vomitar, também. Mas vomito poesia. Mais do que pode julgar a vossa pretensa filosofia, Vossa Tempestade!