O sentido da vida está na natureza?

Uma visão do livro de Eclesiastes na busca pelo real sentido da vida.

Eclesiastes 1.1-11

Desde o princípio, quando Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1) a humanidade se encanta pela natureza. Bela, rica, poderosa, diversa, viva, a natureza é em si o habitat do ser humano, é o lar que Deus nos deu. Ele criou. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. (João 1:3). Jó proferiu um lindo poema que leva o homem a parar o seu trabalho para reconhecer a obra das mãos do Criador (Jó 37.5-12). Jesus também disse que o Pai cuida até dos lírios do campo, Ele cuida até de um pardal (Mt 6.26-34) quanto mais Ele tem cuidado daqueles que criou a sua imagem e semelhança?

Algumas pessoas consideram tanto a natureza que a chamam de “mãe, de mãe terra, mãe natureza”, outros chegam até a adorar a natureza como sendo um deus, para isso se dá o nome de panteísmo. Mas, o mestre, autor do livro de Eclesiastes conclui que o sentido da vida não está na natureza, mas mesmo assim Deus permite que desfrutemos dela (Ec 1.1-11).

No capítulo 1 verso 4 diz: Gerações nascem e gerações morrem, mas a terra permanece sempre do mesmo jeito. Ele continua dizendo que o sol se levanta no horizonte e ao fim do dia se põe, e depressa volta ao lugar de onde se levanta para um novo dia. É lindo isso. Os ventos sopram, os rios correm e todas as atividades do ser humano, por lidar com a natureza, oferece cansaço, isto é, terá um fim.

Ele pergunta se há algo que se possa dizer que seja absolutamente inédito, é claro que não. O que já existiu em épocas distantes, obras criadas pelas mãos do homem que também compõem a essa natureza, são de fato reinventadas, ou melhor, redescobertas com o avanço da tecnologia. Mas ele conclui no verso 11 que ninguém se lembra dos que viveram na antiguidade e que não há recordações do que aconteceu no passado e mesmo que vier acontecer não será lembrado por todos os que viverem depois disso. Sabe por quê? Porque ainda que a natureza permaneça, nela não se encontra o real sentido da vida, mas esse sentido será encontrado no autor e criador da natureza. O Senhor nosso Deus. Amém.