Fim do monopólio esquerdista
Até não há muito tempo, os esquerdistas detinham o monopólio do discurso, e dele eram muito ciosos. Qualquer voz dissente era silenciada de imediato. Este tempo acabou. Hoje, embora influentes, eles não detêm o controle da narrativa.
Seus discursos acerca dos governos militares não enfrentraram oposição sistemática até há cinco, seis anos, quando se deu o advento de multidão de estudiosos que não saíram dos ninhos socialistas. E entenderam os esquerdistas que os mitos socialistas passaram a ser acolhidos como histórias da carochinha, e seus heróis, desmitificados, cuja aura nobre desfez-se aos olhos de todos, vistos como os seres desprezíveis que são.
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Para dar aos seus relatos ares de representação fiel da realidade brasileira dos anos em que o Brasil se viu sob os governos militares, os comunistas suprimem todo elemento inconveniente.
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Os governos militares cometeram crimes, dizem, dentre eles assassinatos e torturas. Têm-se, a respeito de torturas, se perguntar se elas eram políticas de governo, se havia diretriz do governo militar incentivando os militares a praticá-la, se era política sistemática (como, por exemplo, o que havia na União Soviética: prisão e encarceramento em campos de concentração de dissidentes, que eram submetidos a maus-tratos), ou casos isolados perpetrados sem o conhecimento do governo central.