O deus de si.
Não consegui te proteger da solidão
que eu mesmo criei.
Pois já me basta a minha e mais nenhuma.
Seguirei meu caminho de lamentos.
Aquele em que os prazeres de curto prazo me atendem.
As bebidas... Palavrões, cigarros e o sexo de tristes orgasmos.
Tristeza que se colhe como consequência dos desamores que se planta.
Colherei com um sorriso sádico e olhar distante...
Rindo de todos que se iludem.
Dos que precisam dos prazeres para aliviar suas dores...
Assim como eu.
Entre encontrar o sentido da vida e vivê-la...
Escolhi erroneamente.
E tenho um deus triste pela mesma razão.
Ambos rimos e indagamos: mas que merda fomos fazer?
Ao menos não serei mais parasita de expectativas.
Nem das alheias.
Emburrecer mais pode ajudar.
Mas isso não é possível...
Enquanto ainda não se tem demência ou alzheimer.
Mas a morte do ego também liberta.
Me tornei duro demais ao aprender a dizer "não".
Peguei pesado demais em não sentir mais culpa.
Mas é como droga. Você vicia. Sente prazer. E não volta atrás.
E você não mais... Volta atrás.
Nunca farei do presente um presente.
Mas o passado nunca mais me assombrará."