Como crianças firmando as pernas

Tenho feito muita leitura e da melhor qualidade, pois faço o mais afastada de mim quanto possível e, deste modo, refletindo profundamente...

Já fui dos contos e das crônicas fiel seguidora.

Da Poesia me sinto a irmã caçula e, assim, tão ousada quanto infantil.

De anos para cá, por Materna inspiração, ampliei bastante e sempre que posso repouso na filosofia e teosofia.

Não me cabe aqui citar linhas, autores, obras. Não.

Mas, sim, me toca e cabe dizer que quanto mais leio, estudo, reflito e observo mais e mais vejo aquele Deus da infância sentado onipotente num trono.

Só que hoje Ele tem um olhar q já conheço bem...: o olhar de Pai, de Mãe que rir da pureza, da ignorância do filho e que, ao mesmo tempo que se comove, tem a delícia de observar o andar trôpego, atrapalhado do pequeno quando tentar firmar os músculos para, assim, começar a andar.

Impressionante.

Deus assim deve nos ver.

Nós daqui o vemos também: aquela Luz lá fora que reconhecemos porque intimamente sentimos que dela somos parte.

Brilha, mas não ofusca.

É distância e íntimo. Tudo junto.