Outro Outono
Outro Outono.
Já disse antes que nesta estação começo a entristecer.
Novos tempos e ainda em meio a tantas turbulências, internas e externas.
Sinto que durante o meu desenvolvimento nesta vida, muitas vezes, não sou capaz de avaliar profundamente o significado dessas atribulações.
Quais lições tirar delas?
E sem esperar, estou mais uma vez perdida.
Uma grande amiga um dia me disse:
- Na minha adolescência, quando eu me sentia confusa, meu pai dizia que, em situações assim, melhor não fazer nada.
Meu corpo talvez seja mais sábio que minha mente, não sente vontade de fazer nada e minha cabeça gira, faz planos, desfaz, elenca sonhos, elenca tarefas, projeta cenas passadas, idealiza cenas futuras... é um turbilhão de pensamentos. Meu corpo dolorido está inerte.
Sei que vou encontrar o rumo certo, voltar aos trilhos e seguir a jornada, mas hoje não. Amanhã, ou depois de amanhã.