quando existo
À partir da observação da natureza
Descubro a minha natureza;
Meu ser homem, humanidade aflita.
Observo seus ciclos, a mudança das estações, que vai e volta...
Observo as noites e os dias, marcações do tempo, eterno giro, desenhados na lua.
Giro...giro...não saio do lugar.
Questiono, logo existo.
Porque não caio? Não despenco do alto?
Seria talvez, o combustível da humanidade, sua eterna busca de si mesmo? Se daria nessa busca, a nossa evolução?
À partir da observação da natureza
Descubro a minha natureza;
Se tudo gira, morre, nasce, vai e volta. Por que não eu?
Será que volto inúmeras vezes em terra pra recolher informações que constroem minha essência? Assim como no verão, quando tiro minhas vestes. Ou no outono, onde volto a colocá-las.
Quantas vezes terei que regressar nessa aflição de se estar vivo? nesse aprisionamento carnal do meu espírito livre ... o que tenho eu que descobrir ? o santo graal? Transformar meus metais em ouro? Dominar minha carne e cultivar meu pensamento em busca do que é eterno e real?
Redescobrir a mim mesmo. Voltar ao meu centro, ao meu sol, ao ponto inicial da circunferência.
Roda viva. Rodo eu. em torno dos astros, errantes vizinhos, estrelas cadentes.
Qual será o nosso destino, homem?