O VENDEDOR DE PALAVRAS...
O poeta é dono único
De um sentimento tal
Sensível pleno e puro,
O levando a todo lugar
Sem barreiras em muros
Que o possam atrapalhar...
A sensibilidade lhe impõe a si,
De sentir de longe o cheiro
Com seu empinado nariz,
O fato em ato acontecendo,
E alerta a quem queira e quis,
Se apossar disso por inteiro...
Nada lhe impede de que
Se lhe faça bem ou mau,
É de seu gosto viver bem,
De acordo a tudo em si, tal,
Mesmo se vendo a sofrer
Com os reveses do, de já,
Dirigidos a aceitar se ter...
Além disso tudo, pois, enfim,
Ele se esforça, alerta e instrui,
E se faz de mediador, sim,
Conforme talento que possui,
Eis que nascera por ser assim,
Entender bem do bom e do ruim...
O poeta é o dedo em riste
Que Deus tem na terra,
E, por esse gesto íntegro,
Tem quem com isso se alegra,
De Deus e do poeta se é íntimo,
E louvor aos dois se eleva...
O POETA É O VENDEDOR DE SUAS PALAVRAS