Pensamentos
Saio no quintal e acendo um cigarro
Gesto tão costumeiro, pouco diverso
A rua parece uma pintura, nunca muda!
Sempre o pacato bairro, diferente de uma rua augusta
Por dentro sou caos, por fora serenidade
É sempre assim entre os jovens da cidade?
Sinto-me tão limitada nesta vida
Mas já aceitei que a vida assim o faça
Porque há maior correnteza que me arrasta
A ficar do que partir.
Quando escrevo minhas costas começam a formigar
Não sei por que isso acontece, mas sou supersticiosa
Algo mexe em mim, algo se encosta
Sou uma antena, um para-raios
Absorvo energias diversas
Agora, enquanto escrevo, sei lá de onde me sai essa!
Fumo para gastar o tempo, o pouco tempo que tenho
Mas digo: já aceitei a vida, o destino que cada um de nós temos
E para finalizar esse pensamento estranho
Digo que sou uma ovelha negra sem rebanho.