Daqui há cem anos
E se eu te falasse que daqui a cem ou duzentos anos tudo o que você criou, fez, pensou, sentiu, não será nem o vento que balança as folhas do parreiral? Para o homem comum, que não será imortalizado, sua existência frente ao mundo aparecerá como inexistência. Hoje, lutamos, guerreamos dentro dos espaços simbólicos, na busca de mais capitais que venham a se somar a esse banco em que nos tornamos.
Outros dirão que isso não passa de bobagem, que o movimento histórico da sociedade é a própria razão de existência dos homens, que no constante metabolismo social, engendra forças em cada etapa do desenvolvimento histórico humano.
Embora concorde em partes, ainda ouso dizer, mesmo os imortais já não existem mais, os egos se desmancharam com a desintegração dos tecidos, tudo foi levado embora! . E assim, vamos vivendo, muitos com uma soberba digna de inveja, outros nem tanto, mas todos com a certeza que já não mais existirão.