OS JULGADORES
Sabem o que ocorreu, ocorre e o que virá,
Conhecem os segredos mais recônditos,
Dos mistérios da mente até o que não existirá,
São demiurgos, espécie de deuses atônitos.
Julgam e se refestelam em sua presciência
Crendo que tudo lhes será revelado
Porque acreditam ser deuses alados
Pairando sobre toda e qualquer consciência.
Oh, quão sapientes e tão poderosos!
Mas eis que do sonho haverão de acordar,
E do pesadelo emergirão desonrosos,
Na condição de na lama chafurdar.