OS FORTES TAMBÉM SENTEM MEDO
Fobia viva e inquietante
A furtar-me a alma em seu prazo d'agora
Do pavor a me assaltar nest'instante
A me privar do gozo a que se debanda e de mim está, pois a fugir
Seria real?
Seria, talvez uma fantasiosa sombra?
Ou, quem sabe, somente um hostil fantasma mental?
(a que teima em me atacar)
E nesta hora me arrepio de nervoso
A tremer-me por inteiro
Na palidez a se desenhar em minha pele
(ainda que não queira)
E, portanto não seria o medo nossa pior e mais nefasta... cadeia?
Mas, tudo é efêmero... tudo passa!
(embora saiba de cor tais sentenças,
todavia não me ficam sempre na cabeça)
Ah, que a mim se atire a primeira pedra a quem aqui jamais teve medo
Mas que se fica de consolo pela verdade a que creio:
"Os fortes também sentem... medo"
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13 de março de 2019