suposta razão...
a chama que brilha um calor enviesado
tem a exata medida do peito aquecido
quando não é dor, quem sabe é arte
guardada, não vingada a pedidos...
o que a arte não mostra, não existe
amor quando é demais, sufoca a platéia
uma íntima inquietação fértil em prazer
que comparece, sem ser convidada...
forma pares misteriosamente unidos,
trás à tona amores desacreditados,
quentes e vividos à flor da pele...
sei que, muitos de vocês, não acreditam,
já desacreditei do tamanho do infinito...
hoje, sei o que não faz sentido:
amar a quem se quer, não sendo querida,
o que de mim não sei, saber contigo...
acreditar que o que é seu...pode estar comigo.
razão suposta não abre janela pro crer...
a prosa se faz presença pra te querer
não sou princesa e, você não é rei
estou sinceramente aberta pra você,
sem entrega, não me fará mais poeta.
sem privacidade a intimidade, nada resta.