Vereda Silenciosa
Um sorriso morno a iluminar as chamas,
E no entanto tu não me chamas,
E fico eu imóvel a olhar a lança,
Já lançada contra a minha esperança
Move-se ela sorrateira cortando o ar
Como a linha outrora lançada no mar
Buscando o alvo que venha a calhar
E sou eu, que calha de se retalhar.
Longe vai o pensamento perdido
Rasgado antes de ser novamente fundido
Enraizados em cascatas de rios paridos
Pelo espírito agora degradado enternecido
Chora lágrimas em meio a sorrisos soturnos
Na escuridão de lampejos noturnos
De onde se entrevê riso e dores sombrios.
Fruto do pensar caótico e refletidos.