Vereda Silenciosa

Um sorriso morno a iluminar as chamas,

E no entanto tu não me chamas,

E fico eu imóvel a olhar a lança,

Já lançada contra a minha esperança

Move-se ela sorrateira cortando o ar

Como a linha outrora lançada no mar

Buscando o alvo que venha a calhar

E sou eu, que calha de se retalhar.

Longe vai o pensamento perdido

Rasgado antes de ser novamente fundido

Enraizados em cascatas de rios paridos

Pelo espírito agora degradado enternecido

Chora lágrimas em meio a sorrisos soturnos

Na escuridão de lampejos noturnos

De onde se entrevê riso e dores sombrios.

Fruto do pensar caótico e refletidos.

Pérola Guimarães
Enviado por Pérola Guimarães em 10/03/2019
Código do texto: T6594831
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