A Escrita Feminina num Universo Masculino
À Mulher cabe criar, dar forma, permitir a manifestação da semente que germina. E é justamente no quesito autoral (_exempli gratia_: na literatura, para permanecermos num único ponto) que a Mulher supera o Homem. Pretendo não lançar mão de minha prosa prolixa/subjetiva e inundar esse esboço para um futuro ensaio com fartura de exemplos. Logo, citarei apenas algumas autoras para início de conversa. Clarice Lispector, Elaine Brum, Cecília Meirelles, Wisława Szymborska _et cetera_.
Numa analogia do tipo mais simples, podemos comparar a escrita feminina como um fio (de meada) que, muitas vezes a duras penas, perpassa as agruras de uma rede de caminhos espinhentos para chegar inteiro ao final. São femininos os próprios substantivos "superação" e "resiliência". São ainda eles que explicam essa capacidade de manter-se vivo e ativo esse fio. A Mulher tem seu jeito de criar/recriar até na Literatura. Cabe a ela um espaço todo Seu.